(latim manifestatio,
-onis)
substantivo
feminino
1. Acto de manifestar ou de se manifestar.
2. Expressão, revelação.
3. Demonstração pública dos sentimentos ou
ideias dos membros de um partido ou de uma colectividade.
4. Conjunto de pessoas reunidas
publicamente para mostrar ou defender determinadas ideias ou posições.
Conhecidos
os riscos invocados para impedir a manifestação na Ponte 25 de Abril, falta
aconselhar à CGTP as medidas a tomar para que esta se possa realizar:
1) A imprevisibilidade do número de participantes -
Deverá ser cobrada portagem a todos os
manifestantes. Para além do controlo de entradas, esta medida permite arrecadar
uma verba não despicienda numa altura tão difícil para as contas públicas;
2) O perigo de lançamento de petardos e outros
engenhos - Esta é fácil. É só fazer o mesmo tipo de controlo que a PSP utiliza nas provas desportivas, sejam elas maratonas ou jogos de futebol.
Poderá eventualmente ser solicitada ajuda à polícia de Boston que já demonstrou
a sua eficácia em situações semelhantes;
3) A impossibilidade de assegurar que não estarão
presentes grupos infiltrados que podem causar o caos - Há historial de controlo
bem sucedido deste tipo de elementos. Não consigo especificar as medidas
utilizadas mas não deve ser difícil garantir que imagens como estas
nunca mais se repetirão em Portugal;
4) O risco dos manifestantes caírem da ponte - A
resposta é óbvia. Basta demonstrar ao governo as poupanças no serviço nacional
de saúde, em pensões, reformas, salários e subsídios se, por sorte, alguém
abandonar esta vida despesista, falecendo
com estrondo no leito do Tejo;
5) A dificuldade de realizar operações de socorro e
evacuação num tabuleiro instável, sem pontos de fuga e enquanto decorre uma
marcha lenta - Esta não percebo mas acho que tenho uma solução: Não troquem de
tabuleiro. Usem o mesmo que serve os automobilistas nas horas de ponta ou nos
dias de praia;
6) O corte de trânsito que pode prejudicar o
transporte para os hospitais – Claro que isto só é um problema quando dezenas
de milhares de pessoas decide fazer uma marcha lenta de cinco quilómetros. Obviamente
o risco é muito menor quando dezenas de milhares de pessoas decide fazer
corridas de dezenas de quilómetros para as quais não se prepararam
convenientemente. O argumento orçamental usado em 4) também é aplicável;
7) O perigo de electrocussão caso os manifestantes
invadam a linha do comboio – Por acaso até acho que indivíduos inundados em
suor são melhores condutores eléctricos que os outros mas isso não sossega os
peritos em segurança. Não desarmem, CGTP, basta assegurar que no controlo a
realizar nas portagens - ver alínea 1) - se exija a exibição de um título de
transporte do Metro, condição que garante que o manifestante está habituado a
estar perante linhas de alta voltagem sem que isso lhe dê uma vontade
irresistível de as abraçar.
Boa manifestação!
Dos riscos enumerados só não gostei da solução apontada no ponto1).
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