(esquizo-
+ grego frên, -enós, diafragma, coração + -ia)
substantivo
feminino
[Psiquiatria] Doença mental complexa,
caracterizada, por exemplo, pela incoerência mental, personalidade dissociada e
ruptura de contacto com o mundo exterior
O primeiro-ministro diz que não se gasta um cêntimo de
dinheiro público a resolver falências de privados.
A ministra das finanças diz que a pipa-de-massa (para usar o
termo técnico apropriado) gasta no resgate do BES tem, afinal, impacto no
orçamento (sim, as continhas do dinheiro público que se gasta) mas “não conta”
e é meramente “um impacto estatístico”.
O jornalista que entrevista a ministra não explora esta nova
concepção orçamental que trata de um modo um resgate bancário – despesa boa,
que não afecta verdadeiramente o orçamento – e de outro modo coisas nocivas
como as reformas, os salários ou os gastos na educação, para citar alguns exemplos.
Diz o dicionário que a esquizofrenia se caracteriza por
manifestações de incoerência mental e por uma quebra de contacto com o mundo
exterior.
Sendo uma doença mental complexa, presumo que as suas
vítimas não consigam funcionar em sociedade sem, pelo menos, algum tipo de
tratamento que mitigue os seus efeitos. E que esse tratamento exija algum tempo
de afastamento até que o doente recupere alguma da capacidade que a doença lhe
rouba.
O dicionário não diz mas é rara a ocasião em que o doente
consegue identificar em si próprio os sintomas da doença. É por isso nosso
dever, quase caritativo, reportar os casos às autoridades que se possam
encarregar de os levar para o justo tratamento.
Estão aí três.